O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. Em 2020, por exemplo, a estimativa é que em torno de 2,3 milhões de mulheres tenham sido diagnosticadas com a doença. E em previsões futuras, a estimativa é que, só no Brasil, em 2022, surjam aproximadamente 66 mil novos casos de câncer de mama. Os números são preocupantes, considerando que esse é o tipo de câncer que mais provoca a mortalidade de mulheres no país.
Assim como para os demais tipos de câncer, existem milhares de pesquisas e medicamentos que visam auxiliar na prevenção e tratamento. O tamoxifeno é um deles. Esse medicamento é usado principalmente no tratamento de cânceres de mama receptores hormonais (estrogênio e/ou progesterona) positivos. Mas como isso funciona? Vamos explicar em seguida.
O que é tamoxifeno?
O tamoxifeno é um medicamento modulador seletivo dos receptores de estrogênio. Na prática funciona assim: os hormônios progesterona e o estrogênio se ligam ao tecido dos seios por moléculas conhecidas como receptores. É com essa ligação que acontece a multiplicação celular que atende às necessidades da vida sexual e reprodutiva do organismo.
Mas, quando aparecem células cancerígenas nessa região, uma das estratégias delas é manter os receptores, pois é por eles que vão se alimentar e se desenvolver. Isso acontece em aproximadamente 70% dos casos de câncer de mama. E esse é um dos casos que o tamoxifeno entra, atuando como um bloqueador seletivo da ação do hormônio para que as células cancerígenas, que ainda estão no começo, não se multipliquem e piorem o estado de saúde da mulher.
Outra aplicação bastante comum é que quando um câncer é diagnosticado, durante a biópsia ou cirurgia são analisadas as células cancerígenas para verificar se são receptores de estrogênio ou progesterona positivos. Se sim, após o tratamento com quimioterapia, radioterapia ou outros necessários, as pacientes passam a fazer a hormonioterapia (que também, em alguns casos, pode ser realizada simultaneamente aos demais tratamentos). Nesse caso, a paciente tomará medicamentos como o tamoxifeno durante 5 a 10 anos.
Efeitos colaterais e estudos para novas formas de uso
Assim como todo medicamento, o tamoxifeno pode causar alguns efeitos colaterais, como a indução da menopausa (e consequentemente, os sintomas atribuídos a ela) como calor excessivo, diminuição da libido, ganho de peso, entre outros. Por isso, pesquisadores estudam outras maneiras de aplicação do medicamento, como a substância em gel – com as mesmas propriedades do remédio ingerido pelas pacientes.
Segundo os cientistas da Escola de Medicina da Universidade Northwestern Feinberg, a aplicação local do gel nos seios reduz os efeitos colaterais (por agir localmente e incorporarem em níveis baixos na circulação) e aumenta a eficácia da terapia. Essa variação do tamoxifeno recebeu o nome de 4-OHT (4-Hidroxitamoxifeno).
Tamoxifeno para minimizar a contratura capsular das mamas
Outro uso, em estudo, do tamoxifeno é para avaliar a eficácia do medicamento em forma de creme, com o objetivo de minimizar a contratura capsular de pacientes submetidas à mastectomia e reconstrução da mama com implantes de silicone, associado a radioterapia adjuvante.
Dados apontam que 40% das pacientes submetidas à radioterapia após a reconstrução mamária apresentam contratura capsular. Essa condição pode causar dor e sérios desconfortos. Em casos mais graves, pode ser indicada a cirurgia de correção. O estudo é uma iniciativa do cirurgião plástico do IBCC Oncologia, Dr. Gabriel D’Alessandro.
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